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 Mistress [+14]

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Joker
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Mistress [+14] Empty
MensagemAssunto: Mistress [+14]   Mistress [+14] EmptyTer Jul 13, 2010 1:29 pm

Classificação: 14. (por conter cenas de violência e terror)
Gênero: Suspense
Observações: Etto, escrevi esse cap de fic tem um tempo, e não tenho absolutamente lugar nenhum pra postar ... Aí resolvi postar aqui (: Bem, não sei se alguém vai ler, mas... xD Espero que quem leia goste. Vou tentar ao máximo mantê-la atualizada. Ok, já vou avisando que eu escrevo muito mal, e talvez possam sair... Coisas terríveis. Mas, vamos tentar.

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Capítulo 1 - Awaken

Um pouco de café excessivamente amargo e sem açúcar restava na xícara de porcelana que repousava sobre a mesa. As cortinas balançavam levemente com o pouco de ar do frio inverno de Londres que conseguia ultrapassar as gretas da janela fechada. O ar circulava pela sala até ser queimado pelas chamas da lareira, que davam àquele grande escritório uma sensação confortante. Os gritos de protesto proferidos ali naquela sala podiam ser ouvidos pelos quadros sombrios na parede, pelos adornos exóticos nas prateleiras, e pelos livros espalhados pela sala. Isso é, se estes tivessem ouvidos. Apesar de quê, todos na casa conseguiam ouvir o que era dito naquela sala.
— Senhorita Roche, entenda. É uma questão de manter um nome! Sabe que não é certo simplesmente falir empresas como está fazendo! As pessoas comentam coisas terríveis, nota como é desagradável?
A jovem figura detrás da mesa baixou fragilmente suas mãos adornadas por unhas excessivamente compridas, e encarou o homem que protestava à sua frente. Seu semblante se demonstrava sério, frio. Assim como sua temida personalidade. Não parecia se preocupar minimamente com as palavras. Com apenas um simples gesto, movimentando seus finos dedos, a jovem fez com que o homem se calasse. As mãos se colocaram abaixo do queixo, os cotovelos foram escorados na mesa, e seu corpo se inclinou para frente. Seu olhar era penetrante e mortal.
— Não é de meu interesse o que desses inconpetentes, que não conseguem sequer manter uma empresa de grande porte. Não é de minha culpa se eles deixam ser vendidos por qualquer motivo, em santo desespero. E a questão do nome... A família Roche já perdeu sua integridade a anos, sabe disso. Não vejo motivos de lhe ajudar com alguma coisa.
O homem pareceu se revoltar com a resposta.
— És uma bruxa. Sabe que seu pai tem asco de você, Morgan. Um dia tomará de seu próprio veneno, aí quero ver o que terá para dizer.
Ela recostou-se na cadeira, e tentou um fracassado suspiro. O ar não lhe era permitido em abundância devido ao espartilho, e ao vestido que usava. Lembrou-se momentaneamente do pai, quase emitindo um sorriso sarcástico. No auge da revolução industrial, o golpe de Morgan Roche sob seu pai teve imensa repercussão na boca do povo. A garota fugira de casa aos dezesseis anos, e com a ajuda de alguns contatos, e de sua inteligência admirável, montara sua indústria. Em dois anos, a se tornara a maior, e a mais influente dentro do mercado, superando a indústria de seu pai. Em um ano, a o sr. Roche estava falido, e a fábrica, comprada por Morgan. Hoje, aos vinte e três anos, era dona de uma de uma grande reserva de dinheiro. Um monopólio se formava ali aos poucos.
— Guarde a língua quando fala isso, William. — disse em um sussurro — Eu posso até não ser uma boa pessoa, mas, maldições sempre voltam para você.
William aspirou a maior quantidade de ar que consegui e encolheu os ombros em cólera. Depois, soltou o ar lentamente, deixando os ombros relaxarem a sua posição inicial.
— Que seja. — o assessor disse transtornado, se levantando. — A propósito... — tirou um embrulho do bolso e o jogou sobre a mesa — Isso chegou para você.
E se retirou da sala, pisando duro. Morgan encarou a porta por segundos, enquanto conduzia uma madeixa de seus longos cabelos castanho-avermelhados para atrás das orelhas, com os dedos. Sua atenção se voltou para o pacote entregue. Em um dos lados, a letra fina e inclinada, que fora reconhecida por Morgan imediatamente, nomeava o remetente.

Arthur L. Roche

Morgan juntou as sobrancelhas, achando aquilo muito estranho. Seu irmão havia morrido fazia sete anos, como poderia ter-lhe mandado um pacote? Claro, que poderia ser de outra pessoa, mas, a letra era tão igual às dos textos que Arthur escrevia para Morgan ler, na época que era alfabetizada. Um traço característico, e quase impossível de se reproduzir por mãos que não sejam do próprio autor. Mas, há muitos falsificadores experientes em circulação, que poderiam fazer um trabalho excelente. A capacidade dos mesmos não deve ser subestimada. Morgan sabia disso, pois em seu passado, já havia contratado vários deles, com habilidades excepcionais.
Se decidiu por abrir o pacote, envolto por papel craft. Era uma pequena caixa de veludo negro, com um delicado fecho dourado. Dentro, um baralho de cartas, o qual Morgan pegou uma delas entre as unhas do indicador e do polegar, para observar atentamente. Os naipes eram adornados por detalhes vitorianos que davam um design diferente e incrivelmente belo. Na parte de trás, uma textura xadrez, com efeitos desbotados davam uma sensação antiquada.
Tirou-as da caixa de veludo, e começou a deslizá-las do monte, uma a uma, recolocando a carta retirada atrás das outras, para ver atentamente cada detalhe de carta. Os valetes eram desenhos de jovens saudáveis com roupas execpcionalmente extravagantes. As damas, admiráveis mulheres, com vestidos bordados em ouro, cobertas de joias. Os reis, exuberantes homens, que apresentavam um ar de superioridade. As outras cartas, tinham belos enfeites que variavam de cada número, e cada naipe.
A última carta que iria deslizar sobre os dedos de Morgan, assustaria qualquer pessoa que a visse, mas não chegou a comover-lhe de forma alguma. O coringa. O desenho representava uma pessoa de rosto fino. Em seus olhos, as órbitas eram inexistentes, deixando apenas um espaço negro que escorria um sangue exorbitantemente escarlate. Em uma de suas mãos, uma lança, e na outra, um coração, que também derramava o mesmo líquido vermelho. Os lábios demonstravam um sorriso sádico, desenhado ligeiramente maior do que seria considerado normal. Na lateral, escrito em letras igualmente adornadas como os naipes, estava o nome "Joker". Morgan recolocou o resto do baralho de volta na caixa, deixando em sua mão apenas aquela carta em especial, que havia lhe chamado a atenção.
Levantou-a na altura dos olhos, e a virou. Em tinta preta, havia uma nota escrita, por uma letra que não era de seu irmão. Esta era ligeiramente embolada, chegando até ser difícil de entender, apesar da leveza que fora escrita, pois borrões de tinta eram inexistentes. "Pelo menos, no final tudo o que você pode fazer, é gritar por ajuda", era o que dizia.
Um "hump" sarcástico deixou os lábios fechados de Morgan, e ela recolocou a carta de volta ao monte. Fechou a caixinha e a jogou sem nenhum carinho na gaveta de sua mesa. Cansada das desgastantes horas resolvendo problemas gerais, lendo coisas que eram aparentemente desnecessárias, e decidindo se documentos deveriam ou não ser assinados, se levantou de sua cadeira. E saiu da sala.
O barulho que os sapatos de salto baixo emitiam a cada passo ressoava pelo corredor frio. Morgan pretendia dar uma volta pela cidade, para descontrair um pouco. Só precisava dizer a Jordan, seu mordomo, para mandar preparar a carruagem. Sim, apesar dos automóveis estarem em alta na sociedade, nada substituía um agradável passeio em uma confortável e luxuosa carruagem.
No corredor, ecoaram passos apressados, que não pertenciam a Morgan. Alguém corria em sua direção. Continuou andando, porém diminuindo o ritmo de seus passos. Em pouco tempo, William quase colidira com ela. Sua expressão era um misto de terror, susto e assombro. Firmou as mãos nos ombros de Morgan, que permanecia impassível e em silêncio, e abaixou a cabeça, absorvendo todo o ar possível para recobrir seus ofegos. Após isso, soltou a mulher, encarando-a nos olhos, recompondo vagarosamente sua compostura, até parecer apresentável.
— Não sei se isso lhe interessa, mas... Foi encontrado um corpo em uma das fábricas.
— Deixe que a polícia investigue. — ela não pareceu se alterar com a notícia. — Devem resolver o caso, não há motivo de histeria. Peça para Pietro evitar que a mídia apronte um escândalo sem necessidade.
— Morgan... Não sei se você entendeu a gravidade do problema. — suspirou, olhando pesadamente para baixo. — O corpo encontrado, é de seu pai...
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