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 Bang! [conto]

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Alice
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MensagemAssunto: Bang! [conto]   Bang! [conto] EmptyQua Mar 31, 2010 8:06 pm

Classificação: 13 (Não recomendável para menores de treze anos por conter violência. Cenas leves.)
Autora: Eu :3
Tema: Sobrenatural
Observações:Primeiramente isso era pra ser um romance... Sim, isso é um conto e está dividido em capitulos, porque eu quero u_u' Sim, isso é TODO o conto, é pequeno mesmo, mas demorei mais de 2 meses pra terminar... Mas terminei :T
As falas do personagens e o momento do narrador estão divididos por virgula em vez de hífen. Ex.: " -Oi - disse mary - Como vai você?" agora minha forma: "-Oi, disse Mary, como vai você?" Sim, minha forma está correta.
_____________________________________

Bang!
Um terrível conto de... Amigas?

“Você é uma ótima amiga” Ela sempre lhe dizia

Será verdade? O sonho daquela pequena garota, que temia a morte. Ela desejava a vida...
Bang! Era o som... Esse é o inicio...


O começo do mistério

Azumi estava acordada desde a noite passada, não conseguira dormir. O garoto não saia de sua cabeça, mas ela precisava acordar para o mundo real. Ela se levantou, e tomou café. Era férias, então ela não precisava ir à escola. Ela lavou a louça, e pegou seu notebook. E abriu o Messenger.

Apareceram lá três janelas de conversa. A primeira era sua amiga, Sayu. A segunda janela era seu amigo, Haru. E a terceira janela era outro amigo seu, Kety.

Ela ficou conversando algum tempo com eles, mas logo Azumi fecha o MSN, e entra em seu “Orkut”, em alguns fóruns, no seu e-mail. Em seguida ela desliga o seu notebook. Ela pega seu caderninho, uma caneta, e se senta em sua cama. Ela começa a escrever. Escrever sobre ela, escrever poemas, escrever pequenas historias, desenhar... E tudo mais o que se possa imaginar. Ela era uma garota criativa, e adorava inventar coisas novas.

Ela colocou uma roupa bonita, guardou o caderno e foi dar uma volta.

Azumi estava andando pelo parque, verde, misturado com as lindas cores amarelas, brancas, vermelhas e azuis das flores, quando Azumi encontra com Yumi, sua amiga, que ela não via há algum tempo.

- Yumi! Azumi gritou

- Azumi, sua chata! Yumi era tão alegre quanto Azumi. Elas sempre tratavam uma à outra como irmã.

- Eu chata? Esta bem! Ela olhou para Yumi, sorrindo. Como vai você?

- Eu vou muito bem e você?

- Eu também.

- Agora preciso voltar para casa, tchau Azumi, adorei te ver!

- Tchau Yumi!
Ela disse, acenando para a garota, que já estava a certa distancia.

Ela voltou pra casa feliz pelo reencontro com a amiga.

O dia passou normalmente. Ao anoitecer ela foi se deitar e dormir num sono pesado.

O tempo não espera por ninguém

Azumi acordou triste, teve um sonho assustador. Ela não se lembrava direito de como era, mas ela conseguia perceber que não era bom. Apenas lembrava-se de um som... “Bang!”
A garota levantou-se, tomou seu café. Sentou-se no sofá, ligou a TV e começou a assistir o jornal – coisa que ela não fazia com costume, mas como era sábado, nada de bom passava na TV – No jornal passavam sobre acidentes, mortes... Azumi não agüentava mais, ela desligou a TV.

- Pois é este o motivo de eu não assistir jornal, só passa noticias sobre tragédias! A garotinha loura ficou um pouco emburrada, mas alguma coisa a fez ligar a televisão novamente, uma sensação que ela não conseguia explicar.

“Garoto de 17 anos, Kety Sanders, é morto ao colidir com um caminhão” Essa era a noticia do jornal, uma noticia que fez Azumi ficar quase paralisada a ouvir o nome de quem era.

- Kety... Foi à única palavra que ela conseguiu pronunciar antes de ficar sem ar e desmaiar.

Ela não sabia como, mas quando ela acordou, estava no hospital. Elí, Haru, Joe e Sayu estavam ao seu lado, chorando.

“Eles já sabem da noticia...” Lógico que eles já sabiam, eles viam o jornal, ao contrário dela. Foi então que Azumi lembrou-se de seu sonho.

- Era uma estrada, escura, as nuvens, cinza, o caminhão estava com a luz desligada, chovia. Ao bater no caminhão, ele só pensava em uma pessoa...

- O que você esta dizendo Azumi! Gritou Sayu, chorando mais ainda. Como você sabe de tudo isso! Quem te contou?

- Eu apenas sonhei... O coração de Azumi se “apertou”. E se ela tivesse avisado Kety do seu sonho, e se ela não tivesse esse sonho! Kety e Azumi eram como irmãos: Kety sempre a trocava, pelos seus outros amigos, mas ele a tratava tão bem, era cuidadoso e nunca a magoou. Kety... Eu... Kety... Por que ele... Por que... Azumi chorou, chorou muito.


Bang! É o inicio do fim?


“O som do relógio ecoava pelo salão, era quase três da manhã. A garota ruiva foi atingida por algo de vidro e... Bang!”

Azumi de repente acordou, olhou para seu relógio: marcavam exatamente 05h23min.
Ela teve a mesma sensação de há três meses. Ligou a televisão.

“Garota ruiva, 16 anos, Sayu Kitori, entra em uma briga nessa madrugada. É atingida com uma garrafa na cabeça e morre momentaneamente.”

- Sayu... Sayu... Sayu... Ela ficou quase em choque. Desde a morte de Kety, Sayu não falava com Azumi. O relógio... Isso... Agora cada vez que eu tiver um sonho assim, alguém morre? Azumi chorava.

“Não quero mais... Não aquento... Por que isso está acontecendo... Comigo?”

Os dias se passaram. Os meses também. Totalizando seis meses de morte para o Kety e três para Sayu.

- Passaram-se seis meses... Ela falava com a amiga. Quem irá morrer agora?

- Azumi, se cuide. De repente Yumi desliga o telefone

“Bem na minha cara!” Azumi suspira. Era a primeira vez que falava com Yumi desde que a encontrará antes de Kety morrer.

- Vou dormir e ter o mesmo sonho novamente... Aquele barulho... Não me é estranho. Talvez eu já tenha ouvido em algum lugar... Como era mesmo? “Bang!” Isso, “bang”, me lembra daquele relógio grande... O big bang, que fica na Inglaterra, certo? Deve ser... É na Europa que eu saiba. Gostaria de passear na Europa, talvez possa ver o big bang também... Mas agora tenho que dormir...

O sonho da torre do relógio

A menina olha para o lado e nota um coelho:

- É o relógio! O relógio! Está na hora! Está na hora!
- Hora do que criatura? Ela pergunta assustada
- A hora de ir mais um...
- Ir para aonde? O que você esta dizendo?
Azumi estava confusa, estaria ela falando com um coelho?
- Ir para o relógio. Ele precisa tocar!
- Como assim o relógio tocar?
- O relógio não pode parar de bater, ou a ultima batida marcará o fim.
- Mas para o relógio bater, precisa de exatamente o que?
- Você pode ajudar o relógio a bater, por isso foi concedido o dom de previsão, para ajudar a alimentá-lo. Ou você apenas pode observar o bater dos sons. Mas, por favor, não pare o relógio! Ou senão...


- Aaaaaaaaah! A menina gritou, colocando a mão sobre o rosto. Relógio... Ela que está matando... Essa sensação de volta... Elí morreu!

Ela tinha certeza do que havia dito. Ninguém havia lhe contado nada, mas ela sabia. O resto do dia foi normal, até Azumi receber uma ligação

- Alô... Yumi?

- Eli morreu. Mas você já sabe disso. E desligou o telefone

Azumi não ficou em choque, ela já sabia mesmo disso. Mas como Yumi sabia sobre o que estava acontecendo com ela? Yumi conhecia Eli? Eles nunca tinham se falado...

“Estou confusa...”

Terrivelmente, é verdade.

Amigos? Estavam esquecidos no vazio da vida, ou melhor, da morte. Azumi não saia mais de casa, o medo a controlava. Tudo era sinônimo de morte. Sonhos, perigos. Yumi? Não havia mais ligado para ela, mas sabia que Yumi estava viva, ao contrário de Joe e Haru.

A garota havia desvendado o mistério do relógio, mas não podia pará-lo. Como o coelho disse: “A ultima batida marcará o fim”. O fim? Se Azumi fosse, talvez, mais otimista, acharia que “o fim”, seria o fim do sofrimento. Mas ela era realista, o fim seria de tudo. O “The End” de Hollywood. O “Isso é tudo pessoal” do Pernalonga. O “Apocalipse” da religião. O “Abismo” dos livros. Não era apenas o fim, era O fim.

Um final... Nem tão feliz assim?

Num conto de morte, o relógio não para, e ela não se esquece de você.

- Azumi, me desculpe...
- Por quê?
- Era preciso
- Eles...
- Suas almas descansam em paz
- E agora?
- É a vez de uma garotinha...
- Eu, de certa forma, já sabia,
Azumi suspirou. Você sabe que ainda será minha amiga, certo?
- Certo. Melhores amigas para sempre.
- E depois...
- Você quer que o relógio pare?
- Não...
- Então você irá continuar...
- O que!
- Adeus Azumi...


BANG! Era o fim de Yumi e o começo do fim para Azumi. Era a vez da garota. A sua vez de controlar o segredo do relógio... Porque, apesar de tudo...

“O relógio não pode parar...”

The End...?
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